A importância de consumir conteúdos de quem se identifica com a história. 

Hoje te faço um convite para que nesse texto você reflita sobre a importância de levar a dança jazz para a academia. De modo ignorante, sem a intenção de ser, talvez você pense que isso já exista ou aconteça, mas no caso da dança jazz, só foi adicionado alguns elementos de balé clássico e a ideia colonizadora de que precisava ser aprimorado. 
O jazz, por natureza, pode ser resumido como: síncope e improvisação. E é a partir desse entendimento que se percebe as pequenas nuances nas diferentes vertentes e sobre como é ser uma boa dançarina (e, o) ou professora (e, o) de jazz. 
 
O conceito de academia, teses e afins é branco. Por consequência, a ideia de que algum estudo sobre algo só tenha real valor e credibilidade, seja o que tenha passado pelos graus e esteja no papel; ignorando completamente toda cultura que é passada de forma oralizada e também esquecendo das pessoas que ainda possuem mais dificuldade de acesso à universidade. Uma vez que as políticas públicas nesse quesito sejam essenciais, embora ainda não sejam suficientes e eficientes. 

Quando uma pessoa preta toma consciência de sua cor e de toda cultura criada e disseminada por outras pessoas pretas, essa cultura ganha um novo peso e significado. A história, no geral, sempre foi contada por pessoas brancas em uma sociedade contemporânea que não assume seus erros do passado, com reflexos constantes e a estrutura ainda muito firme. 

Sendo assim, o que de fato esperar de pessoas brancas falando sobre a história de pessoas pretas? Como uma pessoa branca pode de fato entender a construção social de alguma manifestação artística de resistência racial e de orgulho, quando ela não sabe o que é ser uma pessoa preta? 

Lógico, há diversas pessoas brancas que fazem excelentes pesquisas sobre culturas originárias de comunidades pretas. Mas em algum momento você já se questionou o motivo de quase não haver pessoas negras falando sobre o mesmo assunto?

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